De janeiro a novembro de 2010, as exportações do Estado de São Paulo¹ somaram US$47,36 bilhões (26,2% do total nacional) e as importações²_, US$62,20 bilhões (37,4% do total nacional), registrando um déficit de US$14,84 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2009, o valor das exportações paulistas cresceu 24,2% e o das importações, 35,7%, com significativa elevação do déficit comercial (+93,0%) (Figura 1). Comparando-se o período de janeiro a novembro de 2010 com o de 2009, o aumento das exportações paulistas (24,2%) ficou abaixo da média brasileira (30,7%), enquanto que nas importações, o acréscimo também foi maior no Brasil (43,9%) do que em São Paulo (35,7%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o saldo da balança comercial paulista teve aumento do déficit enquanto que o da brasileira apresentou redução do superávit.
 

            Os agronegócios paulistas também apresentaram exportações crescentes (29,2%), atingindo US$18,68 bilhões; enquanto que as importações tiveram menor acréscimo (28,5%), somando US$7,31 bilhões, resultando em elevação de 29,6% no saldo comercial em relação a janeiro-novembro de 2009, atingindo US$11,37 bilhões³ (Figura 2). Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$54,89 bilhões para exportações de US$28,68 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$ 26,21 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos ainda se mantiveram positivos e crescentes.
 

            A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado cresceu 1,5 ponto percentual enquanto a participação das importações reduziu-se 0,6 ponto na comparação do período de janeiro a novembro de 2009 com o de 2010 (Figura 3).
 

            A balança comercial brasileira registrou superávit de US$14,91 bilhões de janeiro a novembro de 2010, com exportações de US$181,00 bilhões e importações de US$166,09 bilhões. A queda no saldo comercial (-35,5%) aconteceu em função do aumento das exportações (30,7%) muito menor que a elevação das importações (43,9%) (Figura 4). Nestes termos, a valorização da moeda nacional incrementou aquisições externas em maior proporção que as vendas para o exterior.
 

            De janeiro a novembro de 2010, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 18,0% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$73,55 bilhões (40,6% do total). Já as importações do setor elevaram-se em 26,7%, também em comparação com janeiro a novembro de 2009, somando US$21,47 bilhões (12,9% do total). O superávit dos agronegócios de janeiro a novembro de 2010 foi de US$52,08 bilhões⁴, sendo 14,8% superior ao do mesmo período do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 107,45 bilhões e importações de US$144,62 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 37,17 bilhões.
 

            As participações dos agronegócios nos totais do País recuaram tanto em termos das exportações (-4,4 pontos percentuais) como em relação às importações (-1,8 ponto percentual) (Figura 6).
 

            A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-1,3 ponto percentual) e também no tocante às importações (-2,3 pontos percentuais) (Figura 7).
 

            Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo de janeiro a novembro de 2010 representaram 25,4%, ou seja, 2,2 pontos percentuais a mais que no mesmo período de 2009, enquanto as importações representaram 34,0%, sendo 0,4 ponto percentual superior à verificada no ano anterior (Figura 8).
 

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¹Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
 

²Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
 

³Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$12,86 bilhões.
 

⁴Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$58,00 bilhões.
 

Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.