O agronegócio³ paulista apresentou exportações decrescentes (-13,8%), atingindo US$ 16,67 bilhões; as importações setoriais caíram menos (-1,2%), somando US$ 5,58 bilhões, resultando em diminuição de 18,9% no saldo comercial em relação aos onze primeiros meses de 2013, atingindo US$ 11,09 bilhões (Figura 2).

Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive o agronegócio - somaram US$ 72,57 bilhões para exportações de US$ 30,27 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 42,30 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo manteve-se positivo, embora decrescente.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado retrocedeu 2,1 pontos percentuais, enquanto a participação das importações aumentou 0,3 ponto percentual na comparação do período janeiro-novembro de 2014 com o de 2013 (Figura 3).

A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 4,22 bilhões de janeiro a novembro de 2014, com exportações de US$ 207,61 bilhões e importações de US$ 211,83 bilhões. O déficit comercial aumentou em função de queda nas exportações (-6,1%) superior à das importações (-4,3%) (Figura 4).

De janeiro a novembro de 2014 as exportações do agronegócio brasileiro diminuíram 3,8% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$ 89,98 bilhões (43,3% do total). Já as importações do setor caíram menos (-2,2%), também na comparação com o período de janeiro a novembro de 2013, somando US$ 15,35 bilhões (7,2% do total). O superávit do agronegócio em janeiro-novembro de 2014 foi de US$ 74,63 bilhões, sendo 4,2% inferior ao do mesmo período do ano passado (Figura 5).

Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi ainda mais deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 117,63 bilhões e importações de US$ 196,48 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 78,85 bilhões.

A participação do agronegócio nos totais do País aumentou em termos das exportações (+1,0 ponto percentual) e também com relação às importações (+0,1 ponto percentual) (Figura 6).

A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-0,7 ponto percentual) e também no tocante às importações (-0,7 ponto percentual) (Figura 7).

Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo no período janeiro-novembro de 2014 representaram 18,5%, ou seja, 2,2 pontos percentuais a menos que nos onze primeiros meses de 2013, enquanto as importações representaram 36,4%, percentual superior ao verificado no ano passado (+0,4 ponto percentual) (Figura 8).

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¹Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

²Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.

³Os grupos de produtos dos agronegócios podem ser vistos em: <http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-MAPA/pagina-inicial/servicos-e-sistemas/sistemas/agrostat>

Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.