Nos primeiros quatro meses da safra 2001/02 (janeiro a outubro de 2001), foram aplicados R$ 8,1 bilhões, através de 673 mil contratos, com valor médio de R$ 12 mil cada um, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central. Comparado com as três últimas safras, esse volume é pouco maior do que nos anos anteriores, mas inferior ao da safra 1998/99. Nas últimas três safras, mais de 44% dos recursos foram aplicados no primeiro quadrimestre, sendo que em 1998/99 esse percentual atingiu 55%, o que deve se repetir na safra atual caso se confirme a aplicação dos R$ 14,7 bilhões anunciados pelo governo. Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo do ano, a agricultura brasileira caminha para a produção de 100 milhões de toneladas de grãos. As medidas do governo demonstram que o estímulo às exportações é o ponto prioritário do plano de safra 2001/02, como por exemplo a ampliação dos limites de financiamento para soja, algodão, amendoim e milho. Se o caminho da produção de commodities está marcado pela redução de preços e aumento da produtividade, há de se considerar os subsídios de países concorrentes que distorcem as condições de competição. Assim, é necessário que Governo e setor privado busquem estratégias de diversificação de mercados (parcerias, contratos e alianças) e, além disso, criem sistemas de classificação compatíveis, de controle e monitoramento da sanidade e qualidade dos alimentos naturais e processados, entre outros.