No período de janeiro a setembro de 2003, a Balança Comercial brasileira registrou superávit de US$ 17,80 bilhões, com exportações de US$ 52,79 bilhões e importações de US$ 34,99 bilhões. Esse superávit, cerca de 2,3 vezes maior do que o de igual período do ano anterior, resultou de aumento nas exportações (+21,3%) e de ligeira queda nas importações (-1,9%). As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 25,5% em relação ao período janeiro-setembro de 2002, atingindo US$ 23,60 bilhões (44,7% do total). Já as importações do setor subiram 4,3%, também em comparação com 2002, somando US$ 5,99 bilhões (17,1% do total). O superávit do agronegócio foi de US$ 17,61 bilhões¹, 34,8% superior ao de igual período no ano passado (gráfico 1).
            As participações das exportações e das importações do agronegócio nos totais do País apresentaram crescimento (gráfico 2).

            As exportações do Estado de São Paulo² somaram US$ 16,46 bilhões (31,2% do total nacional) e as importações³, US$ 14,79 bilhões (42,3% do total nacional), com superávit de US$ 1,67 bilhão, resultado este que deve ser destacado, já que no período janeiro-setembro de 2002 o Estado acumulou déficit de US$ 427,63 milhões. Esses dados indicam que a Balança Comercial paulista deverá apresentar superávit ao final do ano, como ocorreu em 2002⁴. Em relação ao período janeiro-setembro do ano anterior, o valor das exportações aumentou 14,0% e o das importações caiu 0,5%. O agronegócio paulista também apresentou exportações crescentes (+16,4%), atingindo US$ 5,47 bilhões, enquanto as importações diminuíram 3,9%, somando cerca de US$ 2,20 bilhões. O saldo foi de US$ 3,27 bilhões⁵, 35,7% maior do que o de igual período de 2002 (gráfico 3).

            A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado aumentou 0,7 ponto percentual, enquanto a participação das importações diminuiu 0,5 ponto percentual (gráfico 4).

            Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações de São Paulo representaram cerca de 23,2%, 1,8 ponto percentual a menos do que no período janeiro-setembro de 2002, enquanto as importações representaram 36,7%, 3,2 pontos percentuais a menos do que no ano anterior (gráfico 5).

            Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações de São Paulo representaram cerca de 23,2%, 1,8 ponto percentual a menos do que no período janeiro-setembro de 2002. Já as importações paulistas representaram 36,7%, 3,2 pontos percentuais a menos do que no ano anterior (gráfico 5).
            Os principais agregados de cadeias de produção nas exportações do agronegócio paulista, no período janeiro-setembro de 2003, foram os seguintes: bovinos (US$ 1,11 bilhão); cana e sacarídeas (US$ 1,10 bilhão); frutas (US$ 930 milhões), especialmente suco de laranja (US$ 880 milhões); produtos florestais (US$ 810 milhões) e cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 350 milhões). Em âmbito nacional, os principais agregados de cadeias de produção nas exportações do agronegócio foram os seguintes: cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 6,73 bilhões); produtos florestais (US$ 4,11 bilhões); bovinos (US$ 2,95 bilhões); suínos e aves (US$ 1,81 bilhão) e cana e sacarídeas (US$ 1,59 bilhão).
            A quantidade⁶ de produtos do agronegócio exportada pelo Brasil cresceu 20,3%, quando comparada com a de igual período de 2002, enquanto a quantidade exportada pelo Estado de São Paulo aumentou 15,9%. Os preços dos produtos do agronegócio exportados subiram 4,3% em nível nacional e 0,4% no âmbito de São Paulo.
            Entre os produtos que apresentaram crescimento de quantidades exportadas, destacaram-se no agronegócio, em nível nacional, peixes e crustáceos (33,8%), carnes (30,7%), algodão (28,3%), madeira e seus produtos (25,9%) e soja (24,0%).
            Cerca de 53,1% do valor das exportações do agronegócio, no período janeiro-setembro de 2003, corresponderam, em nível nacional, a produtos industrializados (manufaturados e semimanufaturados). No Estado de São Paulo, a participação de produtos do agronegócio industrializados foi bem maior (79,3% do total).
            Entre as categorias de uso, observa-se que matérias-primas e produtos intermediários foram o grupo predominante no período de janeiro a setembro de 2003, representando 61,8% do valor total de exportações nacionais de mercadorias do agronegócio. No caso do Estado de São Paulo, o grupo de bens de consumo foi o principal (48,2% do valor total).
            Os agregados da balança comercial do Brasil e de São Paulo, para o total e para os agronegócios, são apresentados nas tabelas 1a a 3a.

Tabela 1a. - Brasil – Balança Comercial, Janeiro a Setembro de 2002 e 2003
(US$ bilhão)