Resumo da Balança Comercial do Agronegócio Paulista, Janeiro a fevereiro de 2004

            No primeiro bimestre de 2004, as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$ 3,53 bilhões (30,6% do total nacional) e as importações2, US$ 3,59 bilhões (45,2% do total nacional), registrando déficit de US$ 0,06 bilhão. Em relação ao primeiro bimestre do ano anterior, o valor das exportações aumentou 12,1% e o das importações, 10,8%. O agronegócio paulista também apresentou exportações crescentes (+9,9%), atingindo US$ 1,11 bilhão, enquanto as importações aumentaram 13,3%, somando US$ 0,51 bilhão, com saldo de US$ 0,60 bilhão3, cerca de 7% maior do que o do primeiro bimestre de 2003 (gráfico 1).

            Deve-se destacar que os aumentos das importações relacionadas ao setor concentraram-se em bens de capital e insumos, o que deverá resultar em elevações de produção, de produtividade e provavelmente das exportações nos períodos subseqüentes.
            A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado diminuiu quase 0,7 ponto percentual, enquanto a participação das importações subiu 0,3 ponto percentual (gráfico 2).

            A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,57 bilhões no primeiro bimestre de 2004, com exportações de US$ 11,52 bilhões e importações de US$ 7,95 bilhões. Esse superávit, 57,3% maior do que o do primeiro bimestre do ano anterior, resultou de aumento nas exportações (+17,4%) superior à elevação no nível das importações (+5,4%). As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 22,3% em relação ao primeiro bimestre de 2003, atingindo US$ 4,89 bilhões (42,4% do total). Já as importações do setor subiram 17,5%, também em comparação com 2003, somando US$ 1,41 bilhão (17,7% do total).
            O superávit do agronegócio nacional foi de US$ 3,48 bilhões4, 24,3% superior ao do primeiro bimestre do ano passado (gráfico 3). A participação das exportações e das importações do agronegócio no total do País apresentou crescimento (gráfico 4).

 

            Comparando-se o comércio exterior do agronegócio paulista com o do agronegócio brasileiro, as exportações de São Paulo representaram 22,7%, sendo 2,6 pontos percentuais a menos do que no primeiro bimestre de 2003. Já as importações representaram 36,2%, com 1,3 ponto percentual a menos do que no ano anterior (gráfico 5).

            Os agregados da balança comercial do Brasil e de São Paulo, para o total e para os agronegócios, são apresentados nas tabelas 1 a 3.

Tabela 1. - Brasil - Balança Comercial, Janeiro a Fevereiro, 2003 e 2004
(US$ bilhão FOB)

Total
Agronegócio 
Partic. do Agronegócio(%)
Ano
Exportação
Importação
Saldo
Exportação
Importação 
Saldo
Exportação
Importação
2003
9,81
7,54
2,27
4,00
1,20
2,80
40,8
15,9
2004
11,52
7,95
3,57
4,89
1,41
3,48
42,4
17,7
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC

Tabela 2. - Estado de São Paulo - Balança Comercial, Janeiro a Fevereiro, 2003 e 2004
(US$ bilhão FOB)

Total 
Agronegócio 
Partic. do Agronegócio(%)
Ano
Exportação
Importação
Saldo
Exportação
Importação 
Saldo
Exportação
Importação
2003
3,15
3,24
-0,09
1,01
0,45
0,56
32,1
13,9
2004
3,53
3,59
-0,06
1,11
0,51
0,60
31,4
14,2
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC

Tabela 3. - Participação do Balança Comercial do Estado de São Paulo, Janeiro a Fevereiro, 2003 e 2004
(%)

Total
Agronegócio
Ano
Exportação
Importação
Exportação
Importação 
2003
32,1
43,0
25,3
37,5
2004
30,6
45,2
22,7
36,2
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC
_____________________________

1 Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
2 Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
3 Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit do agronegócio paulista foi de US$ 0,72 bilhão, 12,1% superior ao do primeiro bimestre de 2003.
4 Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit do agronegócio brasileiro foi de US$ 3,89 bilhões.


Veja também a tabela: Resumo Mensal da Balança Comercial dos Agronegócios, 2003 e 2004 (janeiro a fevereiro)

Data de Publicação: 26/03/2004

Autor(es): José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor