RESUMO: Este estudo aprofunda a discussão sobre possível encarecimento da mão-de-obra cafeeira em função do ganho real do salário mínimo e apresenta argumentos que defendem o aumento da produtividade do café como potencial ainda a ser bem explorado, e também como saída das pressões salariais exercidas sobre os custos de produção. De certa forma, salienta-se a importância de se fazer da cafeicultura uma atividade que, em que pesem alterações conjunturais, dependa de fato da solidez de sua estrutura produtiva. Tal estudo implica abordar o processo produtivo por meio de suas relações de trabalho, com realce à distribuição do emprego nas etapas correspondentes ao ciclo do produto - até o pós-colheita - e à diferenciação das categorias distribuídas nas várias atividades. O estudo apresenta, também, uma proposta para a cafeicultura com base em premissas próprias da sustentabilidade, defendendo nova postura do produtor de café, em que os principais objetivos são a qualidade do produto, a manutenção do trabalho temporário, sua capacitação e a maior qualidade de vida dos trabalhadores.