RESUMO: Este trabalho busca refletir sobre os impactos das mudanças macroeconômicas sobre o comportamento das sazonalidades do consumo de fertilizantes, tanto em termos nacionais como das principais unidades da federação brasileira. Mostra que o financiamento das aquisições pelos agropecuaristas por meio das agroindústrias permitiu, na ausência do crédito rural subsidiado, a continuidade do processo de incorporação dos fertilizantes à base técnica da agricultura brasileira.
            O crescimento do consumo de fertilizantes deu-se principalmente nas lavouras de cerrado, com perda de representatividade das zonas tradicionais do Sul e do Sudeste. Os padrões de estacionalidade das entregas de fertilizantes não se alteraram de forma significativa quando se comparam os valores obtidos para o período 1987-94 e 1999-2005, pois o novo padrão de financiamento promove operações de contratação em períodos similares aos verificados nas décadas anteriores quando se obtinham recursos de custeio via crédito rural após a edição dos planos anuais de safras.

Palavras-chave: estacionalidade, consumo, fertilizantes, produção agropecuária.