RESUMO: Este artigo enfoca o monitoramento de resíduos de agrotóxicos realizado pela CEAGESP, em 2006/07 através da análise de 240 amostras de frutas e hortaliças, realizadas pelo Laboratório de Resíduos de Pesticidas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, de Piracicaba, Estado de São Paulo. Foram analisadas 110 amostras de frutas e 130 amostras de hortaliças, tendo sido pesquisados 104 ingredientes ativos. Os resultados das análises mostraram que 42,1% das amostras não apresentaram resíduos, enquanto 57,8% apresentaram. Entre as amostras com resíduos, 27,1% estavam abaixo do limite máximo de resíduo, 3,3%, acima, e 27,5% das amostras continham ingredientes ativos sem registro para as culturas. Os fungicidas responderam por 76,9% das detecções de resíduos e os inseticidas por 23,1%. Entre os primeiros, os fungicidas ditiocarbamatos apresentaram o maior número de ocorrências, 37%, seguidos pelos benzimidazóis com 18,5% e os dicarboximidas com 8% das ocorrências de resíduos. Entre os inseticidas, os organofosforados responderam por 11,8% das ocorrências, com destaque para clorpirifós, 5,9%, e os piretróides por 5,5% das detecções de resíduos. Do total de 240 amostras, 11 amostras apresentaram 4 ou mais resíduos. Estas, acrescidas às oito amostras com resíduos acima da tolerância estabelecida, corresponderam a 7,8% das amostras totais que configuraram uso abusivo e incorreto de pesticidas. Isso posto, vale concluir que o monitoramento de resíduos contribui positivamente para identificar os produtores ou aplicadores que necessitam capacitação, como também, indicar os ingredientes ativos que requerem registro para as culturas com pequeno suporte fitossanitario nas quais têm sido aplicados.