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Preços Agropecuários sobem 5,74% no fechamento do mês de Março
No caso do tomate para mesa, a alta é conseqüência do
aumento da temperatura no começo do verão, que propiciou à produção do tomate a
campo e em estufa um ciclo de tempo muito curto, levando a escassez nos meses
de fevereiro e março. A expectativa é que para o mês de abril, parte da
produção volte à normalidade e com quedas nas cotações. O mesmo ocorreu para a
batata e o feijão, que com o efeito do forte calor também tiveram suas
produções afetadas, diminuindo-se assim suas ofertas e elevando seus preços,
explicam os pesquisadores José Alberto Angelo, Danton Bini, Humberto Araújo e
Luis Carlos de Almeida.
O expressivo aumento no preço da banana nanica foi
resultado da conjunção de dois fatores. O primeiro, relacionado ao aumento
natural da demanda com início das aulas e o segundo foi o resultado de um longo
período de estiagem e altas temperaturas nos meses de janeiro e fevereiro que
comprometeu não só a safra em andamento, pela queima dos cachos formados, como
também retardou a formação de novos cachos. Essa situação contribuiu para
reduzir sensivelmente a oferta desse produto em momento de alta demanda.
Na sequência, os ovos também se destacam pela ascensão
bastante elástica no mês de março, após o elevado nível de descarte de aves
realizado pelo setor em janeiro que diminuiu a oferta e aumentou o preço do
produto recebido pelos granjeiros. Adiciona-se o período da quaresma com demanda
aquecida e do aumento dos preços da soja e milho que eleva o custo de produção
com a ração mais cara, repassando ao valor final dos ovos essa ascensão.
A falta de chuva no período de desenvolvimento dos
grãos dá indícios de uma menor produção de café para a safra 2013/14, com
inicio da colheita no mês de abril/2014. Com a evolução da colheita, os números
dessa perda da produção serão mais consistentes.
Outros setes produtos apresentaram alta em março de
2014: milho (13,77%), carne de frango (8,48%), amendoim (7,34%), trigo (7,07%),
carne bovina (6,25%), soja (1,88%) e cana-de-açúcar (0,64%).
Os produtos que apresentaram quedas mais expressivas
de preços foram: laranjas para indústria (24,94%) e para mesa (10,29%), arroz
(5,80%) e carne suína (4,76%). Com menores variações aparecem o leite cru
resfriado (1,94%) e o algodão (0,96%).
Acumulado nos últimos 12 meses
No acumulado dos últimos 12 meses, o IqPR registrou
variação positiva de 9,21%. Em síntese, 13 produtos apresentaram variações
positivas, enquanto outros 5 tiveram variações negativas. Manifestaram preços
com incrementos em patamares mais elevados que a inflação acumulada nos últimos
12 meses os seguintes produtos: banana nanica (153,80%), café (44,82%), carne
bovina (25,38%), laranja para mesa (19,72%), soja (14,06%), batata (12,89%),
algodão (12%), laranja para indústria (11,42%), trigo (9,56%), milho (9,50%) e
leite cru resfriado (8,19%). Tiveram variações positivas no período abaixo da
inflação acumulada os ovos (5,30%), a carne suína (4,92%) e o amendoim (1,42%).
Apresentaram reduções de preços os seguintes produtos:
feijão (32%), carne de frango (7,10%), o arroz (5,72%), cana-de-açúcar (3,82%)
e o tomate para mesa (1,77%).
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Data de Publicação: 10/04/2014
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
