Preços agrícolas sobem 0,21% na segunda quadrissemana de novembro

            Os preços agrícolas subiram 0,21% na segunda quadrissemana de novembro, com perda de 1,27 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) manteve a tendência de alta, em função da elevação dos preços dos produtos de origem animal. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de outubro.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª Quadrissemana / outubro
+0,68
2ª Quadrissemana / outubro
+2,62
3ª Quadrissemana / outubro
+1,39
4ª Quadrissemana / mês de outubro
+0,15
1ª Quadrissemana / novembro
+1,48
2ª Quadrissemana / novembro
+0,21

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde agosto último.

            Na segunda quadrissemana de novembro, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:

Produto
Variação quadrissemanal (%) 
Algodão
-2,86
Amendoim
-6,78
Arroz
-5,00
Banana
-4,70
Batata
-36,96
Café
-0,95
Cana-de-açúcar
4,55
Cebola
-35,71
Feijão
1,30
Laranja
3,06
Milho
-0,66
Soja
-0,63
Tomate
-42,31
Trigo
0,00
Aves
-2,94
Boi gordo
1,65
Leite
-1,79
Ovos
4,00
Suínos
0,00

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na segunda quadrissemana de novembro, foi o seguinte:

Grupo
Variação (%) 
Grãos + café
-0,93
Frutas
2,31
Olerícolas
-39,45
Produtos de Origem Vegetal
0,00
Produtos de Origem Animal
0,58
Total do IPR
0,21

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, cinco apresentaram crescimento no preço (cana-de-açúcar, feijão, laranja, boi e ovos), enquanto doze tiveram reduções (algodão, amendoim, arroz, banana, batata, café, cebola, milho, soja, tomate, aves e leite). O destaque de alta foi o preço da cana-de-açúcar (+4,85%) e a queda mais expressiva ocorreu no tomate (-42,31%).
            Entre os produtos de origem vegetal, o aumento nos preços das frutas e da cana-de-açúcar neutralizou a redução nas cotações das olerícolas e dos grãos, mantendo estável o preço do grupo. Já no segmento animal, o aumento nas cotações de boi e ovos elevou os preços do grupo em 0,58%, mesmo com retração nos preços de aves, leite e suínos. O resultado foi a alta de 0,21% no índice geral (IPR).
            O preço da arroba do boi vem apresentando leve recuperação em novembro, mas não difere do nível do mesmo mês do ano anterior, apesar de as exportações continuarem crescentes. As vendas externas devem atingir 20% da produção, não conseguindo, porém, enxugar o mercado devido ao aumento da produção e ao fraco desempenho do mercado interno. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

 


 

Data de Publicação: 16/11/2004

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor