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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Janeiro a Agosto de 2025
1 - BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO No acumulado de janeiro a agosto de 2025,
as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$46,14 bilhões
(20,3% do total nacional), e as importações2, US$57,48 bilhões
(31,1% do total nacional), registrando déficit comercial de US$11,34 bilhões
(Figura 1). Em relação ao mesmo período de 2024, houve aumentos nas exportações
(+0,1%) e nas importações (+15,2%); essa conjunção de desempenhos resultou no acréscimo
do déficit (+199,2%)
no saldo da balança comercial paulista. 1.1 – Análise
Setorial do Agronegócio Na
análise setorial do agronegócio3, no acumulado de janeiro a agosto
de 2025 na comparação com igual período do ano anterior, o setor paulista
apresentou redução nas exportações (-8,4%), alcançando US$18,62 bilhões, e
aumento nas importações (+2,7%), totalizando US$3,86 bilhões; com esses
resultados, o saldo da balança comercial obteve um superávit de US$14,76
bilhões, 10,9% inferior em relação a janeiro a agosto de 2024 (Figura 1). A
participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado nos
oito meses de 2025 ficou em 40,4%, enquanto a participação das importações
setoriais foi de 6,7% (Figura 1). Em relação a janeiro a agosto de 2024, as
participações recuaram 3,7 pontos percentuais nas exportações e 0,8 p.p. nas
importações. Há que se
destacar que as exportações paulistas nos demais setores da economia -
exclusive o agronegócio - somaram US$27,52 bilhões, e as importações, US$53,62
bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$26,10 bilhões de janeiro
a agosto de 2025. Dessa forma, conclui-se que o déficit do comércio exterior
paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo
saldo se manteve positivo (US$14,76 bilhões). 1.2 - Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos Os cinco
principais grupos nas exportações do agronegócio paulista de janeiro a agosto
de 2025 foram: complexo sucroalcooleiro (US$5,45 bilhões, sendo que desse total
o açúcar representou 92,2% e o álcool etílico – etanol, 7,8%), setor de carnes
(US$2,69 bilhões, em que a carne bovina respondeu por 84,4%), produtos
florestais (US$1,99 bilhão, com participações de 53,9% de celulose e 36,7% de
papel), complexo soja, com vendas de US$1,95 bilhão (81,4% referentes a soja em
grão e 13,1% de farelo de soja), e grupo de sucos (US$1,91 bilhão, dos quais
97,6% referentes a suco de laranja). Esses cinco agregados representaram 75,3%
das vendas externas setoriais paulistas (Tabela 1).
Destaque para o grupo de café (tradicional nas exportações paulistas), que encontra
na sexta posição com vendas de US$1,21 bilhão (75,1% referentes ao café verde e
20,7% de café solúvel). Ainda de acordo com a tabela 1, de
janeiro a agosto de 2025 na comparação com igual período de 2024, houve
importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos
da pauta paulista, com aumentos para os grupos de café (+44,5%), setor de
carnes (+27,8%) e sucos (+7,8%), e quedas nos grupos de complexo
sucroalcooleiro (-34,6%), dos produtos florestais (-3,2%) e complexo soja
(-2,1%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da
composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados. 1.3 - Exportações dos Principais Produtos do
Agronegócio Paulista Os dados de valor e volume
exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio
paulista no acumulado de janeiro a agosto de 2025 frente ao mesmo período do
ano anterior são apresentados na tabela 2. Desses
grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação
(41,0%) nas exportações paulistas. No total, o grupo apresentou quedas de 34,6%
em valores e 26,8% em volumes exportados, acompanhando as menores vendas
externas do açúcar (-34,9% em valores e -26,5% em volume), principal produto do grupo, que teve
desvalorizações nos preços médios de 10,4% para açúcar bruto e 16,7% para o
refinado, quando comparados a janeiro a agosto de 2024. Para o álcool,
os embarques apresentaram variações negativas de 32,4% em volume e de 30,7% em
valores. Os destinos das exportações desse grupo são bem
diversificados em termos de participação em valores dos países, e os resultados
apresentam como principais compradores: China (13,8%), Índia (7,3%), Indonésia
(6,0%), Arábia Saudita (5,9%), Bangladesh (5,8%), Nigéria (5,6%), Emirados
Árabes Unidos (5,4%), Egito (4,9%), Argélia (3,8%), Marrocos (3,6%), Malásia
(3,3%), Coreia do Sul e Estados Unidos (3,1%, cada um), e demais países
(28,4%). O grupo
dos de carnes ocupa a segunda posição na pauta paulista com 10,4% de
representatividade e apresentou altas em valores (+27,8%) e em volumes
embarcados (+12,0%) em relação aos oito primeiros meses de 2024. A carne
bovina, principal produto com 84,8% de contribuição no grupo, registrou
aumentos de 29,6% em valores e de 12,4% no volume exportado. Para a carne de
frango, segundo produto com 12,2% de participação no grupo, o desempenho obtido
foi positivo nas vendas em valores (+10,0%) e em volumes (+8,2%). A carne suína
(1,3% de participação) apresentou resultados de recuperação em valores (+504,0%)
e na quantidade embarcada (+353,2%). Os principais destinos
em participação são China (44,0%), Estados Unidos (13,8%), União Europeia
(7,1%), Filipinas (4,0%), México (3,5%), Hong Kong (3,2%), Arábia Saudita
(2,9%) e Chile (1,8%); enquanto os demais países compradores representam 19,7%. Na terceira posição nos oito meses de 2025, aparece o grupo produtos
florestais, com 10,1% de participação, e seu desempenho foi de queda em valores
(-3,2%) e na quantidade embarcada (-2,2%) em relação a igual período do ano
anterior. As exportações dos produtos de celulose, principal item do grupo,
apresentaram perdas em valores (-3,0%) e menores embarques (-4,8%). Já o
subsetor de papel mostrou variação negativa para os valores (-8,2%) e
incremento de volume (+1,4%). O principal
destino em participação de valores exportados é a China (37,3%), seguida de
União Europeia (13,0%), Estados Unidos (11,7%), Argentina (5,0%), Peru (4,7%),
Reino Unido (3,5%), Colômbia (3,3%) e Chile (3,2%). Outros países somam 18,3%
de participação. Para o grupo composto pelo complexo soja (4ª posição e 9,8% de
participação), os dados no acumulado de janeiro a agosto de 2025 apontam
aumento nos embarques (+8,0%) e queda em valores (-2,1%), em função dos
resultados da soja em grão, principal produto do grupo, que apresenta expansão
nos volumes (+8,0%) e queda nos valores (-0,9%), e do farelo de soja, com
redução em valor (-14,3%) e maior quantidade exportada (+6,3%), quando
comparados ao mesmo período de 2024. A
China aparece como principal destino em termos de participação de valores
(70,4%), seguida de União Europeia (4,7%), Índia (4,1%), Indonésia (3,8%), Irã
e Tailândia (3,4%, cada um); e os demais importadores somam 10,1%. O grupo de
sucos se apresenta na quinta posição com 8,7% de representatividade na pauta
paulista, o suco
de laranja (FCOJ concentrado e congelado) registrou quedas de 11,0% no valor e
de 42,8% no volume exportado. Para o suco NFC (não congelado, valor brix
<=20), as vendas externas apresentaram ganho em valores (+16,1%) e queda em
volumes (-13,6%). Já os outros sucos de laranja não fermentados obtiveram altas
em valores de 15,8% e queda de 4,4% em volumes. A variação total das
exportações do grupo de sucos foi positiva em valores (+7,8%), puxados pela valorização dos preços médios
dos sucos no período analisado (FCOJ 55,5%, NFC 34,4% e outros sucos de laranja
não fermentados 21,2%), uma vez que houve diminuição nos volumes
embarcados do grupo (-15,7%), sendo esse cenário reflexo da menor produção dos
países produtores de laranja na safra 2024/25. Os maiores compradores desse grupo são: União Europeia (46,7%), Estados
Unidos (17,4%), Japão (6,3%), Argentina (4,5%) e Canadá (4,2%); os demais
compradores têm 24,8% de participação. Para o
grupo do café, 6,5% participação na pauta paulista, os resultados apontaram
crescimentos de 44,5% nos valores e queda de 14,8% no volume das exportações
paulistas. O principal produto deste grupo é o café verde, que registrou
aumentos nas vendas externas de 49,5% em valores e redução de 14,8% em quantidades
exportadas pelo estado. A alta
de 76,5% no preço médio verificado justifica o desempenho positivo. Já o
café solúvel obteve incremento de 27,3% em valores e queda de 14,2% em volume
comercializado. A União Europeia é o principal destino e
suas compras representam 42,9% do valor exportado. Na sequência aparecem
Estados Unidos (17,4%), Japão (6,3%), Argentina (4,5%) e Canadá (4,2%); os
demais países participam com 24,8%. 1.4 - Importações do Agronegócio
Paulista Os
principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista no acumulado
de janeiro a agosto de 2025 foram: papel (US$289,99 milhões), salmões
(US$287,74 milhões), trigo (US$224,28 milhões, sendo importadas 940,3 mil
toneladas, aumento de 10,0% em relação a igual período de 2024) e vestuários e
outros produtos têxteis (US$153,64 milhões). Das mercadorias da pauta do estado
de São Paulo, destaca-se a borracha natural, que apresenta aumentos nas
quantidades importadas (+77,7% no período analisado) - esses aumentos foram
significativos em 2025. Em 2024, a importação foi menor em relação aos anos
anteriores, mas em agosto de 2025 houve queda das quantidades importadas,
desacelerando este movimento. O aumento apresentado nas importações de leite em
pó em 2025 se dá por um conjunto de motivos, entre eles, aumento dos custos de
produção interna, menor disponibilidade no mercado interno e consumo aquecido
estimulados por preços internacionais competitivos, principalmente no Uruguai e
Argentina, estimulados por subsídios e custos menores. Além das oscilações
cambiais e facilidades no transporte tornam a importação viável em alguns
momentos. A figura
2 apresenta os dez principais itens que representam 44,4% (US$1,72 bilhão) do
total importado (US$3,86 bilhões). 2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL A balança comercial brasileira
registrou superávit de US$42,81 bilhões no acumulado de janeiro a agosto de
2025, com exportações de US$227,58 bilhões e importações de US$184,77 bilhões. Esse resultado apresenta queda de 20,2% no superávit em relação
ao mesmo período de 2024, quando alcançou US$53,63 bilhões (Figura 3). 2.1 - Análise
Setorial do Agronegócio Na análise
setorial, as exportações do agronegócio brasileiro no acumulado de janeiro a
agosto de 2025 (Figura 3) se mantiveram estáveis em relação ao mesmo período do
ano anterior, alcançando o valor de US$111,69 bilhões (49,1% do total
nacional). As importações subiram 5,1% no período, registrando US$13,49 bilhões
(7,3% do total nacional). O saldo da balança comercial dos
agronegócios registrou superávit de US$98,20 bilhões de janeiro a agosto de
2025, sendo 0,6% menor na comparação com o mesmo período de 2024 (Figura 3). Portanto, o comércio exterior
brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez
que os demais setores da economia, com exportações de US$115,89 bilhões e
importações de US$171,28 bilhões, produziram um déficit de US$55,39 bilhões nos
oito meses de 2025. 2.2 - Exportações do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos Os cinco principais grupos nas
exportações do agronegócio brasileiro de janeiro a agosto de 2025 foram:
complexo soja (US$40,73 bilhões, tendo a soja em grão com 84,1% de participação
e 13,0% do farelo de soja), carnes (US$19,35 bilhões, com as carnes bovina, de
frango e suína representando respectivamente, desse total, 54,0%, 31,8% e
11,9%), produtos florestais (US$11,20 bilhões, com participações de 61,3% de
celulose e 24,1% de madeira), grupo de café, com vendas de US$9,94 bilhões
(91,7% referentes ao café verde e 7,4% de café solúvel) e grupo sucroalcooleiro
(US$7,50 bilhões, sendo que desse total o açúcar representou 93,4% e o álcool
etílico – etanol, 6,4%). Esses cinco grupos agregados representaram 81,2% das
vendas externas setoriais brasileiras (Tabela 3). Na sexta posição aparece o
grupo de cereais, farinhas e preparações (US$4,41 bilhões, dos quais o milho em
grão representou 75,1% do grupo). Ainda conforme a tabela 3, na
comparação com janeiro a agosto de 2024, houve importantes variações nos
valores exportados dos principais grupos de produtos do agronegócio brasileiro,
com destaque positivo para os grupos café (+38,5%) e carnes (+18,5%), enquanto
os grupos de complexo sucroalcooleiro (-26,1%), cereais, farinhas e preparações
(-13,0%), grupo de fibras e produtos têxteis (-10,2%), complexo soja (-7,3%) e
florestais 2.3 - Exportações dos
Principais Produtos do Agronegócio Brasileiro A
tabela 4 apresenta os dados de valor e volume exportados dos principais
produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio brasileiro e suas
respectivas variações de janeiro a agosto de 2025, em comparação com o mesmo
período em 2024. Desses grupos relevantes, aparece na primeira posição na pauta brasileira o grupo complexo soja (36,5%
de participação). No período em análise, as vendas externas recuaram 7,3% em
valores e avançaram 3,2% em volumes exportados. A soja em grão apresentou
perdas de 5,8% nos valores e aumentos de 3,7% nas quantidades exportadas. Para
o óleo de soja, os embarques registraram ganhos em receitas de 26,3% e de 15,1%
em volumes, enquanto o farelo de soja teve
variação negativa de 19,9% em valores e de 0,2% em volume. A China representa 64,4% das compras em
valores desse grupo, seguida por União Europeia (11,9%), Tailândia (4,0%), Indonésia
(2,3%), Índia (2,0%), Turquia (1,8%), Vietnã (1,7%); os demais países
importadores somam 11,8%. O grupo
de carnes, na segunda posição (17,3% de participação), apresentou ganhos de
18,5% em valores e 4,9% em volume em relação aos oito meses de 2024. A
carne bovina teve aumentos em valores (+32,6%) e no volume exportado (+14,4%).
Para a carne de frango, foram registradas queda em valores (-0,9%) e nos
embarques (-1,7%) e, para carne suína, crescimentos em valores (+24,3%) e na
quantidade (+12,9%). Neste grupo, a China se destacou como principal destino,
com 29,8% das compras de carnes; na sequência aparecem Estados Unidos (6,5%),
México (5,1%), União Europeia (5,0%), Filipinas (4,5%), Arábia Saudita (4,3%) e
Japão (4,2%); os demais países somam 40,2% de participação. Na terceira posição aparece o grupo produtos florestais (10,0% de participação), que de janeiro a agosto de
2025 registrou perda para valores (-0,1%) e ganho no volume exportado (+8,7%).
As variações de valores e volume foram de, respectivamente, +1,4% e +15,6% para
a celulose (principal item do grupo), de -2,1% e -6,4% para a madeira, e -3,0%
e +4,2% para o papel. Os principais
países importadores deste grupo são China
(25,6%), Estados Unidos (21,8%), União Europeia (20,7%), México (3,5%),
Argentina (2,7%), Reino Unido (1,9%) e Turquia (1,6%); os demais países
participam com 22,4%. O grupo do café na quarta posição (8,9% de participação)
apresentou aumento em valores (+38,5%) e queda nas quantidades (-18,8%),
puxado pelo café verde, principal produto do grupo, com variações positivas de
38,5% em valores, e recuo de -18,8% em quantidades exportadas pelo país. Quanto
às participações dos países destinos das exportações em valores, a União
Europeia representa 44,3% desse grupo, seguida por Estados Unidos (15,8%), Japão
(6,6%), Turquia (3,4%), Rússia (3,3%), Coreia do Sul (2,7%) e China (2,3%); os
demais países somam 21,6% de participação. Na quinta
posição e 8,5% de participação, aparece o grupo sucroalcooleiro, que no
acumulado de janeiro a agosto de 2025 registrou quedas de 26,1% em valores e
17,3% em volumes exportados, devido às menores exportações do açúcar (-26,7% em
valores e de O grupo de cereais, farinhas e
preparações (4,0% de participação) obteve resultados negativos em valores (-13,0%) e em quantidades embarcadas (-13,9%). O
milho em grão, principal item do grupo com 75,1% de representatividade,
registrou quedas em volume (-10,7%) e em valores (-12,2%). Os principais
destinos são Irã (18,0%), Egito (12,4%), Vietnã (12,2%), União Europeia (8,2%),
Arábia Saudita (5,0%), Venezuela (3,6%), Marrocos (3,2%), Argélia (3,1%),
Bangladesh (2,7%) e Taiwan (2,1%), restando 29,5% de participação para os
demais países. 2.4 - Importações do Agronegócio Brasileiro Os principais
produtos da pauta de importação do agronegócio brasileiro no acumulado de
janeiro a agosto de 2025 foram: trigo (US$1,13 bilhão, contabilizando 4,70
milhões de toneladas, 2,7% superior ao volume importado em relação ao mesmo
período de 2024), papel (US$679,17 milhões) e óleo de dendê e de palma
(US$585,83 milhões). Na sequência aparecem salmões (US$571,63 milhões),
vestuários e outros produtos têxteis de algodão (US$521,37 milhões), leite em
pó (US$445,20 milhões) e cacau inteiro ou partido (US$421,79 milhões) que
apresentou alta de 85,8% no volume, sendo importados 42,2 mil toneladas
justificado pelo aumento da demanda e baixa disponibilidade da mercadoria
interna. O estado de São Paulo tem investido em novos sistemas de produção com
tecnologia adaptadas para incrementar a produção estadual. A figura 4 apresenta
os dez principais produtos que representam 40,2% (US$5,42 bilhões) do total
importado (US$13,49 bilhões). 3 - PARTICIPAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO BRASIL A participação
paulista no total da balança comercial brasileira (todos os setores da
economia) de janeiro a agosto de 2025 registrou estabilidade nas exportações e
aumento de 2,2 pontos percentuais nas importações, apontando valores de 20,3%
nas exportações e de 31,1% de representatividade para as importações (Figura
5). Para o agronegócio, as exportações
setoriais de São Paulo, nos oito meses de 2025, representaram 16,7% em relação
ao agronegócio brasileiro, 1,5 p.p. menor ante a igual período do ano anterior,
enquanto as importações caíram 0,7 p.p., passando de 29,3% para 28,6% (Figura
5). A tabela 5 apresenta a participação dos
grupos do agronegócio paulista comparativamente aos do agronegócio nacional, de
janeiro a agosto de 2025, cuja participação em valores ultrapassa 50% do total
nacional: sucos (84,7%), produtos alimentícios diversos (69,3%), plantas vivas
e produtos de floricultura (66,0%), demais produtos de origem vegetal (61,8%) e
complexo sucroalcooleiro (57,5%). Em relação
aos principais estados exportadores em valores, São Paulo ocupa a segunda
posição, com 16,7% de participação, atrás de Mato Grosso (17,7%), Minas Gerais
(11,5%), Paraná (10,5%), Rio Grande do Sul (8,1%) e Goiás (7,0%) (Figura 6).
Esses seis estados somados representam 71,5% das exportações totais do agro
brasileiro nos oito meses de 2025. 1Estado
produtor (unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação
estatística de exportação, é a unidade da Federação onde foram cultivados os
produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados,
total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual
foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote
sua forma final. 2Estado
importador (unidade da Federação importadora) é definido como a unidade da
Federação do domicílio fiscal do importador. 3Os grupos de
produtos dos agronegócios podem ser vistos na opção “Tabela de Agrupamentos” em
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA
E ABASTECIMENTO. Agrostat. Brasília:
MAPA, 2025. Disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html.
Acesso em: set. 2025. Palavras-chave:
agronegócio, balança comercial, exportações,
importações, comércio exterior, grupo de produtos, superávit, saldo. COMO CITAR ESTE ARTIGO OLIVEIRA, M. D. M.; GHOBRIL, C. N., ANGELO, J. A. Balança
Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Janeiro a Agosto de 2025. Análises
e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 20, n. 9, p. 1-16, set. 2025.
Disponível em: colocar o link do artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.
(-0,1%) apresentaram reduções. Essas variações nas receitas do comércio
exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de
volumes exportados.
-17,3% em volume). Para o álcool, os embarques apresentaram reduções em valores
(-16,0%) e em volumes (-17,8%), quando comparados com o mesmo período do ano
anterior. Assim como no estado de São Paulo, os destinos das
exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação dos
países. Os resultados apontam a sequência composta por China (12,9%), Índia
(6,8%), Argélia (6,2%), Indonésia (6,0%), Bangladesh (5,4%), Nigéria (5,3%),
Emirados Árabes Unidos (4,7%), Arábia Saudita (4,4%), Malásia (4,3%) e Egito
(3,9%); os demais países importadores somam 40,3% de participação.
Data de Publicação: 30/09/2025
Autor(es):
Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor
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