Preços agrícolas sobem menos na segunda quadrissemana de setembro

            Os preços agrícolas subiram 2,53% na segunda quadrissemana de setembro, com recuo de 1,05 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior. Porém, o índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) continua mantendo a tendência de alta. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de agosto.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª quadrissemana / agosto
0,15
2ª quadrissemana / agosto
1,24
3ª quadrissemana / agosto
2,65
4ª quadrissemana / mês de agosto
3,26
1ª quadrissemana / setembro
3,58
2ª quadrissemana / setembro
2,53

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde junho último.

            Na segunda quadrissemana de setembro, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal(%) 
Algodão
0,00
Amendoim
3,24
Arroz
1,05
Banana
9,09
Batata
12,33
Café
0,79
Cana-de-açúcar
-3,13
Cebola
9,38
Feijão
2,69
Laranja
1,00
Milho
21,72
Soja
8,01
Tomate
18,82
Trigo
0,66
Aves
2,07
Boi gordo
4,17
Leite
0,00
Ovos
-4,03
Suínos
21,48

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na segunda quadrissemana de setembro, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação % 
Grãos + café
10,15
Frutas
1,44
Olerícolas
14,90
Produtos de Origem Vegetal
2,28
Produtos de Origem Animal
3,05
Total do IPR
2,53

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, quinze apresentaram variação positiva no preço (amendoim, arroz, banana, batata, café, cebola, feijão, laranja, milho, soja, trigo, tomate, aves, boi gordo e suíno), enquanto apenas dois tiveram redução (cana-de-açúcar e ovos). O destaque de alta foi o preço do milho (+21,72%), enquanto a queda mais expressiva foi verificada nos ovos (-4,03%).
            Entre os produtos de origem vegetal, o crescimento nos preços de todos os subgrupos (grãos, frutas e olerícolas) fez com que o preço desse grupo avançasse 2,28%. Já no segmento animal, o aumento nas cotações de aves, boi gordo e suínos elevou o preço do grupo em 3,05%. O resultado final foi a alta de 2,53% no índice geral (IPR).
            Os preços dos suínos, que vinham enfrentando excesso de oferta devido às limitações nas exportações por causa de problemas sanitários e de um mercado interno em retração, retomaram a recuperação a partir de junho, após forte descarte de matrizes e retomada das exportações. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

Data de Publicação: 15/09/2003

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor