Analisou-se neste trabalho a evolução do emprego da mão-de-obra e das técnicas agrícolas adotadas na cultura da laranja no Estado de São Paulo, no período de 1974/75 a 1991/92. Os dados utilizados foram obtidos por meio de um levantamento amostral, realizado juntamente com o de Previsão e Estimativas de Safras. As questões referiram-se à área cultivada com tração animal e motomecanizada, à utilização de processo manual nas operações de plantio, capina e colheita, ao número de dias-homem empregados no processo produtivo e ao uso de fertilizantes químicos e de tratamentos fitossanitários. Os resultados indicaram que esta atividade agrícola vem sendo conduzida pelo sistema parcialmente motomecanizado; a aração e a gradagem são operações efetuadas praticamente com uso de máquinas, enquanto que o plantio e a colheita com a força de trabalho do homem. Nos tratos culturais, destaca-se o crescente emprego de herbicidas no controle das plantas invasoras. Constatou-se, ainda, pequena redução das áreas adubadas quimicamente e aumento da área tratada com inseticidas e fungicidas. Mesmo com a implementação do uso de técnicas poupadoras de mão-de-obra, ocorreu crescimento do trabalho humano, em função da expansão da cultura e da impossibilidade atual de mecanização da colheita.