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Balança Comercial dos Agronegócios Paulistas e Brasileiros de Janeiro a Julho de 2012
                    
               De 
janeiro a julho de 2012, as exportações do Estado de São Paulo1 
somaram US$ 32,50 bilhões (23,5% do total nacional) e as 
importações2, US$ 46,26 bilhões (36,1% do total nacional), 
registrando um déficit de US$ 13,76 bilhões. Em relação ao mesmo período de 
2011, o valor das exportações paulistas cresceu 0,2% e o das importações caiu 
0,9%, com diminuição do déficit comercial (-3,4%) 
(Figura 1). Comparando-se janeiro a julho de 2012 com o mesmo período de 2011, o 
pequeno aumento das exportações paulistas (0,2%) ficou acima da média brasileira 
(-1,7%), enquanto que, nas importações, houve acréscimo no Brasil (3,1%) e queda 
em São Paulo (-0,9%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e 
importações, o saldo da balança comercial paulista teve diminuição do déficit 
enquanto que a brasileira apresentou saldo positivo, embora 
decrescente. 
  
  
Figura 1 - Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Julho de 2012.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
  
  
            Os 
agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-9,1%), atingindo 
US$ 11,24 bilhões, enquanto que as importações tiveram menor decréscimo (-5,5%), 
somando US$ 5,34 bilhões, resultando em redução de 12,2% no saldo comercial em 
relação a janeiro a julho de 2011, atingindo US$ 5,90 bilhões3 
(Figura 2). 
  
Figura 2 - Balança Comercial dos Agronegócios Estado de São Paulo, Janeiro a Julho de 2012.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            Há 
que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os 
agronegócios - somaram US$ 40,92 bilhões para exportações de US$ 21,26 bilhões, 
gerando um déficit externo desse agregado de US$ 19,66 bilhões. Assim, 
conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido 
ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujo saldo manteve-se 
positivo. 
  
            A 
participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado 
recuou 3,5 pontos percentuais, enquanto a participação das importações diminuiu 
0,6 ponto percentual na comparação de janeiro a julho de 2012 com o mesmo 
período de 2011 (Figura 3). 
  
Figura 3 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Julho de 2012.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            A 
balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 9,95 bilhões de janeiro 
a julho de 2012, com exportações de US$ 138,22 bilhões e importações de US$ 
128,27 bilhões. Com isso houve diminuição do saldo comercial (-38,2%), em função 
da queda nas exportações (-1,7%) e aumento nas importações (3,1%) (Figura 
4). 
  
Figura 4 - Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Julho de 2012.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
  
            De 
janeiro a julho de 2012, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 
4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 55,94 bilhões 
(40,5% do total). Já as importações do setor diminuíram 5,6%, também em 
comparação com janeiro a julho de 2011, somando US$ 16,67 bilhões (13,0% do 
total). O superávit dos agronegócios de janeiro a julho de 2012 foi de US$ 39,27 
bilhões4, sendo 8,8% superior ao do mesmo período do ano anterior 
(Figura 5). 
  
Figura 5 - Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil, Janeiro a Julho de 2012.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
  
            
Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial 
brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 88,28 bilhões 
e importações de US$ 111,60 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 
29,32 bilhões. 
  
            As 
participações dos agronegócios nos totais do País aumentaram em termos das 
exportações (2,3 pontos percentuais) e diminuíram com relação às importações 
(-1,2 ponto percentual) (Figura 6). 
  
Figura 6 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Julho de 2012.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            A 
participação paulista no total da balança comercial brasileira subiu em termos 
das exportações (0,4 ponto percentual) e caiu no tocante às importações (-1,4 
ponto percentual) (Figura 7). 
  
  
Figura 7 - Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, Janeiro a Julho de 2012.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            Em 
relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo de 
janeiro a julho de 2012 representaram 20,1%, ou seja, 2,9 pontos percentuais a 
menos que no mesmo período em 2011, enquanto as importações representaram 32,0%, 
mesmo percentual verificado no ano passado (Figura 8). 
  
Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Janeiro a Julho de 2012.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
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1Estado produtor 
(Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de 
exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos 
agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou 
parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi 
completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua 
forma final. 
2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
3Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$ 6,76 bilhões.
4Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$ 44,16 bilhões.
Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.
Data de Publicação: 09/08/2012
Autor(es): José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
 
                    







 
                    
                        
