Mercado De Trabalho No Rural Paulista, 2000-01

A oferta de emprego no campo vem se reduzindo ao longo do tempo, apesar do maior número de assentamentos rurais e dos investimentos na agricultura familiar. No Estado de São Paulo, a nova década começa com decréscimo na ocupação agrícola (163,6 mil pessoas a menos em 2001). Foram ocupadas 1,146 milhão de pessoas na agricultura paulista, 9,6% menos em junho e 3,1% menos em novembro, em comparação com novembro de 2000. No mesmo período, o emprego em atividades não-agrícolas no meio rural cresceu 36% (mais 34,3 mil pessoas). Tal desempenho deve-se à transformação marcante na produção agrícola brasileira e, em particular, na paulista. Segundo o IBGE, a área plantada com grãos no Brasil, por exemplo, entre 1992 e 2001 manteve-se estável em 36 milhões de hectares, mas no mesmo período a produção passou de 66,8 milhões para 95,8 milhões de toneladas. Além disso, o desenvolvimento do agronegócio gerou novos empregos nos centros urbanos, com a dinamização da venda de máquinas e equipamentos, de sementes e insumos agrícolas, prestação de serviços de assistência técnica e de informação agrícola e melhoria nos transportes. O novo produtor rural busca novos conhecimentos na área de gestão e muito mais informação de mercado.
 

Data de Publicação: 01/09/2002

Autor(es): Maria Carlota Meloni Vicente (carlota@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Vera Lucia Ferraz dos Santos Francisco Consulte outros textos deste autor
Celma Da Silva Lago Baptistella (csbaptistella@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor