- Levantamento dos preços médios mensais recebidos pelos produtores rurais Os preços médios recebidos pelos agricultores referem-se aos valores obtidos na transação de venda de produtos para o primeiro comprador do sistema de comercialização. As cotações dizem respeito aos produtos embalados e livres dos custos de: comercialização, despesas de colheita, transporte, embalagens e impostos. O levantamento é realizado para 55 produtos, sendo 28 de origem vegetal e 27 de origem animal, observando sua importância quanto à produção e comercialização no Estado de São Paulo, por meio de coleta de informações via telefone, fax, e-mail e questionário, junto aos informantes, provenientes de uma amostra intencional, composta por Casas de Agricultura, produtores, atacadistas, indústrias, cooperativas, sindicatos rurais e outros. Os produtos são divididos em duas categorias, conforme a formação das cotações. a)Formação dos preços a partir da coleta diária de informações via telefone, fax e e-mail, que serão publicados no início do mês, a saber: algodão em pluma, amendoim, arroz, banana, batata, bezerro, boi gordo, boi magro, café cereja descasc., café secagem natural, cana de açúcar, cebola, feijão, frango para corte, garrote, laranja indústria, laranja mesa, leite B, leite C, mandioca indústria, mandioca mesa, milho, ovos extra, ovos grande, ovos médio, soja, suíno para abate, tomate mesa, trigo e vaca gorda. b) Formação dos preços a partir de coleta mensal via questionários (enviados mensalmente por correio e e-mail), que serem publicados no final do mês, a saber: algodão em caroço, borracha, burro domado, café em coco, café em coco renda, casulo, leitão de recria, limão, mamona, mel, novilha, ovos de codorna, poedeira descarte leve, poedeira descarte pesada, sorgo, tangerina, tomate indústria, touro, triticale, vaca de criar, vaca leiteira até 5 l/dia, vaca leiteira de 5 a 10 l/dia, vaca leiteira de 10 a 20l/dia, vaca leiteira acima de 20l/dia e vaca magra. * O produto cana-de-açúcar apresenta uma série histórica de valores repassados pela Orplana (Organização dos Plantadores de Cana-de-açúcar da Região Centro-Sul do Brasil) desde maio de 1999. - Levantamento dos preços médios no atacado da cidade de São Paulo Os preços médios dos produtos agrícolas no mercado atacadista da cidade de São Paulo referem-se à média simples mensal dos preços mínimos e máximos de venda dos produtos divulgados no boletim diário de preços, com pagamento à vista, incluindo todos os gastos (beneficiamento, industrialização, preparo, acondicionamento, transporte, comissões, impostos, etc.) até a sua aquisição por outras empresas (atacadistas, varejistas, indústrias etc.). - Levantamento dos preços médios no varejo da cidade de São Paulo Os preços médios no varejo da cidade de São Paulo são levantados em 360 equipamentos varejistas divididos em 169 supermercados, 69 feiras-livres, 40 açougues, 79 quitandas/sacolões/hortifrutis e 13 padarias. Consideram-se os dispêndios com produtos alimentícios no domicílio de uma família paulistana de tamanho e renda médios, de acordo com a POF (Pesquisa de orçamento familiar) da FIPE. Em fevereiro de 2010 as séries de dados foram alteradas, retroagindo as mudanças a janeiro de 2007. Foram retirados 16 preços, acrescentados 51 e mantidos 81. Os preços foram recalculados usando-se as ponderações da POF/FIPE de 1998/99. - Levantamento dos preços médios pagos pela agricultura paulista Os preços pagos são aqueles praticados nos pontos de venda, aos quais o agricultor se dirige para efetuar as compras necessárias para desenvolver sua atividade. - Levantamento de previsões e estimativas das safras agrícolas O levantamento de previsões e estimativas das safras agrícolas, sobre área (ou número de pés) e produção de culturas anuais, perenes e semi-perenes, frutíferas, olerícolas, produtos florestais, pecuária e criações, sericicultura e áreas de pastagens, totalizando aproximadamente 150 itens, é realizado, nos municípios do Estado São Paulo, pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) em conjunto com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI). Cabe aos técnicos responsáveis pelas Casas de Agricultura, embasados nos seus conhecimentos regionais, fornecer a informação dos dados agrícolas de cada Município e ao IEA fazer o processamento, a depuração e a consolidação desses dados. - Valor da produção agropecuária do Estado de São Paulo As estimativas de valor da produção agropecuária do Estado de São Paulo, divulgadas pelos Instituto de Economia Agrícola (IEA) ao longo do tempo, têm sofrido alterações na composição do quadro de valor, normalmente com a inclusão de novos produtos, à medida que as estatísticas de produção e de preços recebidos pelos produtores vão sendo consolidadas. - Índices de Preços Agrícolas Os índices de preços agrícolas, elaborados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), compreendem o Índice Mensal de Preços Recebidos pelos Agrícultores no Estado de São Paulo (IPR), o Índice Geral de Preços Pagos pela Agricultura Paulista (IPP), o Índice de Preços – Cesta de Mercado da Cidade de São Paulo (IPCMT) e o Índice de Paridade (IP). A base de comparação desses índices é agosto de 1994. Compõem o IPR os seguintes produtos: algodão em caroço, amendoim em casca, arroz em casca, aves, banana, batata, bovinos, café beneficiado, cana-de-açúcar, cebola, feijão, laranja, leite, mamona, mandioca para indústria, milho, ovos, soja, suínos e tomate. A fórmula de cálculo do índice é a de Laspeyres modificada, envolvendo um sistema de pesos para a agregação dos preços dos diversos produtos. São calculados também o Índice de Preços Recebidos de Produtos Vegetais (IPRV) e o Índice de Preços Recebidos de Produtos Animais (IPRA). O IPP é uma medida das variações nos preços dos insumos e serviços comprados pelos agricultores. O índice é calculado utilizando-se a fórmula de Laspeyres modificada de base móvel, com sistema de ponderação e painel de levantamento de preços extraído da pesquisa sobre Estrutura de Gastos da Agricultura Paulista no ano agrícola 1980/81. Reformulado em 1989, é constantemente revisado, principalmente no caso de setores mais dinâmicos. Também são calculados o Índice de Preços de Insumos Adquiridos Fora do Setor Agrícola (IPPF) e o Índice de Preços de Insumos Adquiridos no Próprio Setor Agrícola (IPPD). O IP (ou relação de trocas no setor agrícola) compara as mudanças relativas entre os preços recebidos pelos agricultores e os preços pagos pela agricultura, medindo o poder aquisitivo do agricultor. É calculado utilizando-se o IPR e o IPP, ambos tendo como referência a mesma base. Para se adotar o IP como indicativo dos ganhos e perdas do setor agrícola, em relação à indústria, utilizam-se os preços de insumos adquiridos fora do setor agrícola (IPPF). O IPP representa aproximadamente 73% dos gastos dos agricultores, com 55% relativos ao IPPF. Quando o IP for maior do que 100, significa que o agricultor teve seu poder de compra aumentado em relação ao período-base, pois a elevação de seus custos fora menor do que a elevação de sua renda. Para o IP menor do que 100, o inverso terá ocorrido, ou seja, terá havido uma transferência de renda do setor agrícola para os outros setores da atividade econômica, em relação à situação vigente no período-base. O IPCMT reflete as mudanças totais ocorridas nos valores gastos com a Cesta de Mercado. É formado pelo Índice de Preços da Cesta de Mercado dos Produtos de Origem Vegetal (IPCMV), composto pelo agregado dos produtos básicos (arroz, feijão, café, açúcar, etc), frutas, hortaliças e industrializados; e pelo Índice de Preços da Cesta de Mercado de Produtos de Origem Animal (IPCMA), formado pelas carnes e derivados, leites e derivados e ovos. Para maiores informações sobre todos os indicadores apresentados ver Santiago, Maura M. D. et al. Informações Econômicas, SP, v.26, n.2, p. 91-97, fev. 1996 - Levantamento de preços de terras agrícolas O levantamento de preços de terras agrícolas é realizado, nos municípios do Estado São Paulo, pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA - APTA) em conjunto com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI). Terra de cultura de primeira: potencialmente apta para culturas anuais, perenes e outros usos, que suporta manejo intensivo de práticas culturais, preparo de solo, etc. É terra de produtividade média e alta, mecanizável, plana ou ligeiramente declivosa e o solo é profundo e bem drenado. Terra de cultura de segunda: apesar de potencialmente apta para culturas anuais e perenes e para outros usos, apresenta limitações bem mais sérias do que a terra de cultura de primeira. Pode apresentar problemas de mecanização, devido à declividade acentuada. Porém, o solo é profundo, bem drenado, de boa fertilidade, necessitando, às vezes, de algum corretivo. Terra para pastagem: imprópria para culturas, mas potencialmente apta para pastagem e silvicultura. É terra de baixa fertilidade, plana ou acidentada, com exigências, quanto às práticas de conservação e manejo, de simples a moderadas, considerando o uso indicado. Terra para reflorestamento: imprópria para culturas perenes e pastagens, mas potencialmente apta para silvicultura e vida silvestre, cuja topografia pode variar de plana a bastante acidentada, podendo apresentar fertilidade muito baixa. Terra de Campo: terra com vegetação natural, primária ou não, com possibilidades restritas de uso para pastagem ou silvicultura, cujo melhor uso é para o abrigo da flora e da fauna. Os valores de imóveis rurais com benfeitorias são divididos por tamanho. Também há estimativas de aluguel de pasto e informações sobre arrendamento, com pagamentos em espécie (quantidades fixas por alqueire) e em dinheiro (R$/alqueire/ano). - Levantamento de salários rurais e pagamento de empreita Os dados sobre salários rurais são obtidos com base em informes dos técnicos responsáveis pelas Casas de Agricultura de todos os municípios do Estado de São Paulo, nos meses de abril e novembro. Abrangem diferentes categorias de trabalho: Diarista: compreende o trabalhador residente ou não no imóvel rural que realiza tarefas rotineiras, mediante pagamento diário de quantias pré-estabelecidas, em moeda corrente. Volante, bóia-fria ou safrista: trabalhador não residente, contratado pelo proprietário, administrador ou outro agenciador, que muitas vezes é transportado em grandes grupos para realizar tarefas determinadas, recebendo exclusivamente em dinheiro. Administrador: é aquele que recebe salário mensalmente para executar serviços gerais de administração e gerenciamento da propriedade. Tratorista: é o trabalhador especializado em operação de tratores e/ou de outras máquinas agrícolas, residente ou não na propriedade. Mensalista: é o trabalhador que reside ou não na propriedade e recebe por mês para executar as mais diversas tarefas, especializadas ou não. Capataz: refere-se ao trabalhador que tem sob sua responsabilidade os demais trabalhadores do imóvel rural, controlando as jornadas e a qualidade do trabalho. O levantamento sobre pagamento de empreita para as culturas de algodão e de amendoim é realizado no mês de abril. Para as culturas perenes (café, laranja, limão e tangerina) e cana-de-açúcar, efetua-se o levantamento em junho. A informação coletada refere-se à quantidade colhida por homem/dia e ao valor pago ao trabalhador por unidade de medida especificada para cada cultura.
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