Quedas nos saldos comerciais paulista e brasileiro atenuadas pelo agronegócio

            O desempenho da balança comercial tanto paulista quanto brasileira revela queda dos saldos comerciais no período de janeiro a maio de 2006, quando comparado com idêntico período de 2005. O percentual de queda do saldo da balança comercial paulista (-6,4%) foi muito maior que o da brasileira (-1,0%), em função de que São Paulo se constitui no mais relevante centro importador nacional. Os efeitos da realidade cambial são a razão de tal desempenho. É o que mostra estudo de pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA).  
            Essa queda só não foi maior por causa dos resultados do agronegócio que continuam com saldos comerciais crescentes, ainda que em ritmo mais lento, tanto em São Paulo quanto no Brasil. As exportações do agronegócio paulista cresceram 8,3%, para US$ 4,70 bilhões, enquanto as importações aumentaram mais (13,6%), somando cerca de US$ 1,59 bilhão, com saldo de US$ 3,11 bilhões, 5,8% maior do que o de janeiro a maio de 2005.
            Já, no caso brasileiro, as vendas externas cresceram 6,2%, para US$ 18,12 bilhões, e as aquisições do setor somaram US$ 4,02 bilhões (+9,2). Em função disso, o superávit do agronegócio de janeiro a maio de 2006 foi de US$ 14,10 bilhões, 5,3% superior ao do mesmo período do ano anterior.
            Isto mostra a importância do agronegócio na sustentação do saldo do comércio externo, tanto paulista quanto brasileiro, mas traz a preocupação quanto ao futuro se as importações continuarem evoluindo em ritmo superior ao das exportações.
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Data de Publicação: 23/06/2006

Autor(es): José Venâncio De Resende Consulte outros textos deste autor