Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, Ano Agrícola 2021/22, Fevereiro de 2022


 

1 – INTRODUÇÃO

Conforme calendário do Levantamento da Previsão de Safra do Estado de São Paulo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), realizou, entre os dias 1 de fevereiro a 9 de março de 2022, o terceiro levantamento das previsões de área e produção de culturas agrícolas no estado de São Paulo referentes à safra agrícola 2021/22 pelo método subjetivo2, apresentando-se os resultados das culturas (Tabelas 1 e 2). 

 

 

 

 

 

 


2 - ACOMPANHAMENTO DA SAFRA AGRÍCOLA 2020/21

Nas subseções são descritos os comportamentos das culturas levantadas para a estimativa de área e produção para fevereiro de 2022.

 




As informações coletadas durante o primeiro levantamento do ano safra 2021/22 indicam aspectos positivos para a cultura do algodão. O primeiro ponto refere-se à estimativa de área cultivada no estado de São Paulo que atualmente é de 9.258,7 ha, representando 59,7% de expansão quando comparada à safra 2020/21. Destaca-se que esse resultado teve influência da regional de Avaré com aumento de 124,2% na área cultivada em relação à safra anterior. Outro ponto positivo refere-se à produtividade média que neste levantamento foi de 3.376 kg/ha, registrando aumento de 23,6% em relação à 2020/21. Essa produtividade em conjunto com a expansão da área faz com que a estimativa de produção do algodão no estado de São Paulo seja de 31.259,5 toneladas, aumento considerável de 97,3% em relação à safra anterior. As três regionais que se destacam com as maiores participações na produção são Avaré (29,7%), Itapeva (25,9%) e Votuporanga (24,4%).

 

 

O levantamento realizado em fevereiro de 2022, que é o terceiro para a cultura do amendoim para a safra 2021/22, apresenta resultados um pouco superiores ao levantamento anterior, realizado em novembro de 2021, com ligeiro aumento na produtividade em função das condições edafoclimáticas favoráveis à produção.

As estimativas do levantamento atual mostram área em produção de 176,6 mil hectares (1,67% superior ao levantamento anterior) e previsão de produção de 27,1 milhões de sacas de 25 kg de amendoim em grão (676,5 mil toneladas), alta de 3,76% em relação ao levantamento de novembro de 2021. O estado de São Paulo permanece como maior produtor nacional.

As cinco principais regionais em relação ao amendoim nessa safra são Marília, Jaboticabal, Tupã, Presidente Prudente e Assis, que representam juntas 55,0% da produção paulista.

 

 

 

A previsão para a cultura do arroz na safra 2021/22, de acordo com o levantamento realizado em fevereiro de 2022, indica aumentos em relação ao levantamento anterior, realizado em novembro de 2021.

Os valores do levantamento de fevereiro mostram área de 7,6 mil hectares com produção correspondente de 754,1 mil sacas de 60 kg (45,2 mil toneladas).

Embora os resultados do levantamento atual indiquem resultados superiores ao levantamento anterior, os números ainda são significativamente menores que o resultado final da última safra (2020/21), que apresentou área de 9,8 mil hectares e produção de 948,3 mil sacas de 60 kg de arroz. As principais regionais produtoras são: Registro, Pindamonhangaba e Guaratinguetá.

 

 

O segundo levantamento da safra de banana para 2021/22 projeta 1.043,4 mil toneladas da fruta, o que indica diminuição de 1,5% na produção e aumento de produtividade de 1,6% em relação à safra 2020/21. A expectativa é que a área nova mais a área em produção alcance 54,5 mil ha no estado. A cultura concentra-se na CATI Regional de Registro (746,3 mil toneladas), que responde por 71,5% da produção paulista. Das 40 CATI Regionais do estado de São Paulo, somente Orlândia não indicou produção de banana. A CATI Regional de Registro indica áreas novas da cultura com 251,0 ha, o que caracteriza manutenção do cultivo. Contudo, observa-se aumento de novos plantios nas regionais de Jales (733,0 ha), Fernandópolis (370,00 ha) e Votuporanga (353,5 ha) (Tabela 3). Na CATI Regional de Araçatuba, no município de Clementina, foi erradicado área de banana da variedade maçã devido ao Mal-do-Panamá. É um alerta que deve ser observado com atenção. As principais regionais produtoras são: Jales, Santos e Registro.

 

2.5 – Batata






O levantamento final da produção de batata das águas indica estabilidade na área cultivada em relação à safra passada, redução de 0,5% em torno dos 7,8 mil hectares, a produção reduziu 2,1% passou de 252,2 mil toneladas para 246,9 mil toneladas. A produtividade foi reduzida em 1,6% passou de 32.258 kg/ha para 31.735 kg/ha. As principais regionais produtoras são Avaré, Itapeva e Itapetininga.

 


O primeiro levantamento de batata da seca aponta para um leve aumento na área plantada em relação à safra passada de 1,2%, passando de 6,2 mil hectares para 6,3 mil hectares. A produtividade permanece relativamente estável, redução de 0,8%, passando de 30.558 kg/ha para 30.305 kg/ha, o que totaliza uma expectativa de produção de 190,5 mil toneladas (+0,4%). As principais regionais produtoras são Itapeva, Itapetininga, Avaré e São João da Boa Vista.

 


No segundo levantamento de safra 2021/22 para a lavoura do café no estado de São Paulo, realizado em fevereiro de 2022, surgem informações mais consistentes para a dimensão da safra paulista de café, uma vez em que no levantamento de novembro, logo após a florada, esse dimensionamento possui menor grau de precisão. A frustração do ciclo de alta antes previsto foi reconfirmada nesse levantamento com nova estimativa de produção de 4,41 milhões de sacas de café beneficiado (264,74 mil toneladas), ou seja, redução de 3,0% diante da primeira estimativa. Essa menor produção foi decorrente da queda de 2,3% na produtividade das lavouras, que registrou nesse levantamento o rendimento de 23,27 sc./ha. 

Mantendo o resultado anterior da estimativa anterior, o cinturão cafeeiro do EDR de Franca, principal polo produtivo paulista, previu colheita de 1,78 milhão de sacas. No EDR de São João da Boa Vista, segundo mais importante cinturão cafeeiro do estado, informou-se nesse segundo levantamento redução de colheita de 6,6% (decréscimo de 62 mil sacas), totalizando colheita de 942,41 mil sacas. Em situação semelhante encontra-se a produção do EDR de Ourinhos, com declínio de 15,5%, totalizando no atual levantamento colheita de 296,99 mil sacas. Em contrapartida, no EDR de Marília, constatou-se expansão da colheita prevista com 363,13 mil sacas, ou seja, aumento de 8,4% decorrente de expansão da produtividade média, que alcançou 19,68 sc./ha (incremento de 7,1%). 

Quanto à comparação do levantamento atual (safra 2021/22) com a safra anterior (2020/21) para o total do estado de São Paulo, as estimativas apontam aumentos de 9,0% para a produção e de 12,6% para a produtividade, e ligeira redução de 0.7% na área em produção.  

O próximo levantamento poderá trazer outra baixa na produção estadual em função da melhor possibilidade de mensuração, por parte dos técnicos envolvidos, sobre a qualidade da granação (número de frutos por roseta e peneira). Tendo-se em conta os distúrbios climáticos pelos quais passaram as lavouras no ano anterior, a redução da produção prevalece, enquanto tendência, para safra paulista. 

 



O primeiro levantamento da safra 2021/22 da cana, realizado em fevereiro de 2022, indica pequena redução de área (-0,93%) em relação à safra anterior, enquanto a estimativa de produção teve aumento de 1,75% em relação ao último levantamento, realizado em novembro de 2021.

Desta forma, o levantamento realizado em fevereiro apresenta área produtiva de 5,5 milhões de hectares, com produção de 415,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O próximo levantamento, a ser realizado em abril de 2022, deve mostrar a evolução das previsões para esta cultura na safra 2021/2022.

Neste levantamento, as regionais que apresentaram maior produção foram Barretos, Orlândia, Ribeirão Preto, Araraquara e Andradina. Essas cinco regionais representaram 32,1% do total do estado, indicando que a cultura tem produções significativas em diversas outras áreas do território paulista. As principais regionais produtoras são: Ribeirão Preto, Orlândia e Barretos

 




O levantamento inicial para a cebola cultivada em sistema de bulbinho aponta redução de 25,5% na área cultivada, chegando a 0,2 mil hectares. A expectativa em torno da produção também foi menor em 25,0 %, 8,8 mil t nesta safra, em relação às 11,7 mil toneladas da safra passada, com uma produtividade de 36.756 kg/ha, 0,7% maior que na safra passada. O sistema de produção de cebolas de bulbinho vem sendo substituído por outros sistemas de produção mais eficientes, como o de soqueira e o plantio direto. As principais regionais produtoras são São João da Boa Vista, Sorocaba a Andradina.




Para a cultura do feijão das águas, o levantamento de fevereiro de 2022 marcou o encerramento da safra 2021/22, os resultados finais apresentaram uma produção estimada de 131,9 mil toneladas em 45,1 mil hectares de área plantada, quedas de 11,5% e de 15,2%, respectivamente, na comparação com a safra 2020/21. Em relação à produtividade, houve incremento de 4,4% com rendimento médio de 2.924 kg/ha, ou seja, 122 kg/ha superior ao registrado na safra passada.

A região sudoeste concentra mais de 90% da área cultivada da safra das águas no estado, principalmente nas regionais de Itapeva, Avaré e Itapetininga, que também são grandes regiões produtoras de soja e milho, culturas economicamente mais rentáveis, cujo plantio é praticamente no mesmo período do feijão das águas. Sendo assim, cria-se uma conjuntura que explica parte da redução da área plantada verificada nas últimas safras. As principais regionais produtoras são Itapetininga, Avaré e Itapeva.

 



Na cultura do feijão da seca, o levantamento de fevereiro é o primeiro da safra 2021/22, e as previsões são de aumentos de 29,1% de área plantada (15,8 mil hectares), de 66,1% na produção esperada (39,4 mil toneladas) e de 28,7% de incremento na produtividade. Porém, esse aumento de área deve ser visto com cautela, pois na época do levantamento, alguns municípios informaram como uma intenção de plantio (cerca de 3 mil hectares), que pode ter sido realizado no mês de março, informação a ser confirmada no próximo levantamento de abril de 2022.

Destaque para a regional de Avaré, principal região produtora do feijão da seca com 42% de representatividade da área cultivada no estado de São Paulo, apresenta aumentos de aproximadamente 150% de área e 52% de produtividade por conta da lavoura ser irrigada com o pivô central. As principais regionais produtoras são Botucatu, Itapeva e Avaré. 

 


A estimativa preliminar da safra agrícola paulista 2021/22 é de 303,2 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja (12.370,8 mil toneladas). Esse resultado corresponde a 153,8 milhões de pés em produção.

Esse resultado inicial da safra 2021/22 mostra números muito próximos à safra anterior. Os próximos levantamentos refletirão mais adequadamente o comportamento da cultura nesta safra.

Em relação às principais regiões produtoras de laranja no estado de São Paulo, o levantamento de fevereiro de 2022 indica as regionais de Barretos (11,0%), São João da Boa Vista (9,9%), Mogi-Mirim (7,6%), Bauru (7,0%), Itapetininga (6,5%), Botucatu (6,3%), Ourinhos (6,0%), Araraquara (6,0%), Avaré (5,4%) e Jaú (3,9%) como os mais importantes para o cultivo. Essas dez CATI regionais em conjunto representam 69,5% do total da laranja produzida.

 

 

O primeiro levantamento de mandioca para indústria, realizado em fevereiro de 2022, indica redução de 8,4% na área cultivada, que passou de 59,0 mil hectares na safra anterior para 54,0 mil hectares. A área em produção apresentou redução de 10,5%, passando de 43,0 mil hectares para 38,5 mil hectares. A expectativa em relação à produtividade foi bastante positiva, 2,2% maior, ou seja, 29.591 kg/ha, resultando em uma produção de 1.139,5 mil toneladas, 8,5% menor quando comparada à safra anterior. As principais regionais produtoras são Assis, Presidente Venceslau, Tupã e Presidente Prudente.

 

 

O levantamento de fevereiro é realizado durante a colheita do produto, por isso, já traz números bem consolidados em relação a área em produção (332 mil hectares), em relação à safra anterior a variação é negativa em 0,4%. A produção foi maior em 4,2%, em virtude do aumento de produtividade, neste ano safra a produtividade média é de 6.582 kg/hectare, valor 4,7% maior em relação ao ciclo 2020/21. Considerando-se estimativas desde 1983, a produtividade atual é a maior já observada (Figura 1). As principais regionais produtoras são Itapeva, São João da Boa Vista e Itapetininga.

  





No primeiro levantamento do milho safrinha neste ano safra, observa-se um aumento de área, 500,9 mil/hectares ante 492,1 mil/ha, variação de 1,8%. Na produção espera-se recuperação em relação ao ano anterior que foi marcado pela quebra de produtividade. Nesse ciclo, os primeiros números indicam aumentos de 64,0% na produção e de 61,2% na produtividade. É prudente salientar que os resultados estimados refletem a situação atual da cultura e dependem da continuidade das boas condições climáticas para serem confirmadas ao final da colheita. As principais regionais produtoras são Assis, Itapeva e Ourinhos.

 



Não se observa neste levantamento variação da produtividade do produto em relação ao ano anterior e isso é uma boa notícia, pois, a produtividade se mantém em um bom patamar (3.528 kg/ha), bem superior à produtividade média entre os anos de 2010 a 2021 (3.063,0 kg/ha). A produção aumentou em 5,6%, impulsionada pela área maior em 5,5%. Com isso, a área de plantio no estado supera a marca 1,2 milhão de hectares. As principais regionais produtoras são Ourinhos, Assis e Itapeva.

 

2.14. – Tomate envarado

Para o tomate envarado ou de mesa (consumo in natura), no levantamento de fevereiro de 2022 foram obtidos os números finais da safra verão e as primeiras informações da safra de inverno, ambas da safra 2021/22.


No caso do tomate período de inverno da safra 2021/22, as estimativas iniciais mostram queda de 41,1% na área cultivada (com 3,0 mil hectares), e expectativas de menor produção em 44,6% (213,3 mil toneladas) em relação à safra de 2020/21. Por se tratar das primeiras informações da safra de inverno, os próximos levantamentos (abril e junho) devem trazer números mais precisos, com as informações dos plantios ainda não efetivados e nem contabilizados no levantamento de fevereiro de 2022.

 

 



Para o tomate envarado da safra de verão 2021/22, as estimativas finais indicaram uma produção total de 460,7 mil toneladas (correspondente a 18,4 milhões de cx. 25 kg), produtividade de 78.556 kg/ha e 5,9 mil hectares de área plantada. Comparativamente à safra de 2020/21, os resultados atuais apresentaram variações negativas para área (-5,3%), para produção (-5,5%) e na produtividade (-0,2%).

A regional de Itapeva é a principal produtora, apesar da queda de 2,8% no volume produzido nesta safra, representou 63,2% da produção da safra de verão no estado de São Paulo, seguido da regional de Campinas com 10,1% de representatividade.

 

2.15 – Trigo e triticale

O levantamento de previsão e estimativas de safra de fevereiro de 2022 apresenta os resultados de intenção de plantio para cultura do trigo no ano agrícola 2021/22 no estado de São Paulo, que prevê uma retração de área e produção de 9,1% em relação à safra passada, atingindo 89,9 mil hectares e 264,1 mil toneladas. Apesar de outras fontes indicarem um incremento significativo na área plantada, o levantamento de fevereiro não confirmou essa tendência, e o próximo levantamento, realizado em abril, deve ponderar e alinhar outros fatores que ainda não foram considerados para a efetivação ou não desses números, tais como a disponibilidade e o preço do produto na Argentina, importações e estoques de passagem, o plantio do milho safrinha e as condições climáticas no estado de São Paulo. Com relação ao triticale os dados indicam um aumento na intenção de plantio em área de 66,8% e 66,6% em produção. 

 

3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Detalhamento adicional sobre o comportamento regional da safra de cada cultura pelas CATI Regionais encontra-se na tabela 3, e por Região Administrativa (RA) na tabela 4, além do total do estado para as demais culturas (Tabela 5). O próximo levantamento das safras agrícolas do Estado de São Paulo, a ser realizado em abril, deverá trazer um posicionamento e informações mais precisas sobre a produção das culturas acima analisadas.   

 

1Os autores agradecem o desempenho no levantamento dos técnicos do DEXTRU, das Casas de Agricultura e dos diretores dos EDRs, da CATI. Também agradecem os comentários do pesquisador do CPEEA/IEA Celso Luis Rodrigues Vegro, e a colaboração do técnico de apoio do CPIEA Talita Tavares Ferreira e Leonardo Massao Nakama, assim como da equipe do Núcleo de Informática para os Agronegócios (NIA) do IEA.

 

2Entende-se por método subjetivo a coleta e sistematização de dados fornecidos pelos técnicos da Casa de Agricultura (CDRS), em função de seu conhecimento regional e/ou da coleta de dados de forma declaratória, fornecida pelo responsável pela unidade de produção, em cada um dos 645 municípios do Estado de São Paulo.

  

  

 

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COMO CITAR ESTE ARTIGO

CAMARGO, F. P. de et al. Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, Ano Agrícola 2020/21, Fevereiro de 2021. Análises e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 16, n. 5, maio 2021, p. 1-15. Disponível em: colocar o link do artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.

Data de Publicação: 23/05/2022

Autor(es): Felipe Pires de Camargo (fpcamargo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
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