Comércio agrícola e o desenvolvimento econômico brasileiro

RESUMO: Este trabalho discute a questão da vulnerabilidade externa da economia brasileira sob o enfoque da CEPAL. A parte empírica analisa as mudanças ocorridas na composição do comércio internacional de produtos e insumos agrícolas na década de 1990. Conclui que após a liberalização comercial as trocas internacionais foram desfavoráveis para o Brasil. As importações cresceram muito mais que as exportações e a análise por fator agregado mostra que, ao contrário do desejável para o desenvolvimento econômico, houve maior crescimento das importações de manufaturados e das exportações de produtos básicos e semimanufaturados. Essa tendência foi observada no comércio geral, agrícola e de insumos. A agricultura no agregado pôde sustentar saldos comerciais positivos devido ao grande crescimento do volume exportado, uma vez que as relações de troca foram desfavoráveis. O comércio de insumos empregados na agricultura apresentou déficits expressivos e crescentes devido ao grande crescimento da quantidade importada de bens de consumo intermediário.

PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento econômico, comércio internacional, agricultura.

Trabalho apresentado no XLI Congresso Brasileiro da SOBER, 27 a 30 de julho de 2003, Juiz de Fora - MG

Data de Publicação: 13/08/2003

Autor(es): Maria Auxiliadora de Carvalho (macarvalho@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Cesar Roberto Leite da Silva (crlsilva@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor