TABELA 10 - Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, Ano Agrícola 1998/1999

Previsões e estimativas das safras agrícolas do Estado de São Paulo, ano agrícola 2004/05, Junho de 2005

            Levantamento realizado nos municípios de São Paulo, no período de 1 a 24 de junho de 2005 pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), apresenta os resultados finais de área e produção para a grande maioria dos produtos agrícolas com importância econômica no Estado de São Paulo.
            Para a elaboração dos índices que mostram a evolução da agricultura no ano agrícola 2004/05, comparativamente ao de 2003/04, foram selecionadas as 41 principais atividades agrícolas quanto ao valor da produção paulista.
            Os resultados agregados revelam perda de 1,7% na produção, decorrente de 2,1% a menos na produtividade da terra, apesar do aumento de 1,4% na área plantada, em relação ao ano agrícola anterior.
Para o conjunto das culturas anuais os decréscimos foram de 3,5% na produtividade da terra e de 3,9% na produção, com área praticamente inalterada (0,4%). Para os grãos, comparativamente a 2003/04, são estimadas reduções de área (0,3%), de produção (8,4%) e de produtividade da terra (8,1%), ou seja, maiores que aquelas obtidas no levantamento de abril de 2005.
            Quando se consideram as culturas perenes e semi-perenes, notam-se aumento na área total cultivada (2,5%) e decréscimo na produção (0,9%), devido à queda de 1,9% na produtividade da terra (Tabela 2).
Os números da safra 2004/05 de algodão indicaram queda na produtividade, ainda maior que a detectada no levantamento anterior, ou seja, de 21,0% quando comparada com a safra passada, numa área 25,9% maior, totalizando 109,9 mil hectares e produção de 14,3 milhões de arrobas de algodão em caroço. Essa queda de produtividade, devida às condições climáticas desfavoráveis, ocorreu principalmente no norte e nordeste do Estado, notadamente nos EDRs de Barretos, Dracena, Fernandópolis, Jales, Orlândia, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Votuporanga.
            O levantamento final para o amendoim da seca confirmou diminuições da área plantada (36,8%), da produção (44,9%) e do rendimento (12,8%), em relação à safra passada, decorrente das irregularidades climáticas registradas nas regiões produtoras.
            Para a cultura do arroz, ratificaram-se os resultados obtidos no levantamento anterior de quedas de área e produção ao redor de 10,0%, com estabilidade na produtividade da terra (-0,7%).
A área ocupada com feijão, safra da seca, em 2004/05, foi 18,2% menor que a estimada no ano agrícola anterior, em função dos baixos preços praticados na safra passada, com a substituição por produtos mais rentáveis, como a soja. As condições desfavoráveis ao bom andamento da cultura e a incidência da mosca branca provocaram diminuição de 5,8% na produtividade da terra, influenciando a produção em menos de 22,9%, com relação à safra 2003/04.
            No levantamento de junho de 2005 ficou acentuada a queda da área a ser plantada de feijão de inverno, principalmente de lavouras sem irrigação, conforme indicava o levantamento de abril de 2005. Isso se deve, provavelmente, aos preços desestimuladores praticados na safra passada e descapitalização do produtor. Assim, relativamente a 2003/04, prevêem-se diminuições de 24,3% na área e de 13,3% na produção, porém com acréscimo de 14,5% na produtividade da terra.
            Para a cultura do milho observaram-se, nesta safra, quedas de 7,3% na produção e de 7,7% na produtividade da terra, devido à escassez de chuva, numa área de magnitude muito próxima à anterior, em relação à safra passada. Aliado ao fator climático, os produtores sofreram com quebras por causa do ataque da lagarta-do-cartucho. Essa mesma adversidade climática prejudicou ainda mais o milho safrinha resultando em estimativa de quebra brusca de rendimento de 25,0%, em comparação a 2003/04. Registra-se também retração de 8,1% na área plantada, em relação ao ano agrícola anterior.
            A estimativa final da safra agrícola 2004/05 para a cultura da soja confirmou a elevação da área de 6,3% e quedas na produção e na produtividade de 8,6% e 14,1%, respectivamente. Essas perdas foram influenciadas pela falta de chuvas regulares durante o ciclo da cultura.
As tendências de queda verificadas em abril de 2005 para a soja safrinha foram elevadas, como reflexo de os preços desse produto não estarem atrativos no período de plantio e pela irregularidade das chuvas. Os índices registrados no atual levantamento foram negativos para área (80,0%), para produção (83,9%) e para produtividade (19,6%).
            O terceiro levantamento da safra 2004/05 de trigo indicou aumentos de área (22,3%) e de produção (18,4%), com queda na produtividade (3,2%), em relação à safra passada. A área estimada é de 63,8 mil hectares e deverão ser produzidas 2,5 milhões de sacas de 60kg. Em relação ao triticale, este levantamento apresentou pequenas variações em relação ao levantamento anterior de abril, com área de 28,2 mil hectares (+0,6%) e produção de 1,3 milhão de sacas de 60kg (-4,6%), indicando, portanto, pequena queda na produtividade.
            Os números finais da safra 2004/05 para batata da seca ratificaram a tendência de decréscimo de área e produção, entretanto, não vieram confirmar as previsões de grandes diminuições registradas nos levantamentos parciais, finalizando com reduções menores do que as esperadas.
O levantamento final da cultura da cebola de soqueira para a safra 2004/05 indicou, quando comparado ao ano de 2004, que houve aumento de 2,5% na área destinada ao plantio, conforme previsto no levantamento realizado em abril de 2005. Porém foi observada queda na produção da ordem de 5,1%, em virtude das altas temperaturas no Estado até abril deste ano. As temperaturas elevadas também provocaram queda na produção da cebola na Argentina, gerando redução na quantidade importada desse produto pelo Brasil.
            O segundo levantamento da safra 2004/05 para a cultura da cebola de muda reflete aumentos da ordem de 10,3% para a área e de 6,1% para a produção, quando se compara com o ano agrícola anterior.
O levantamento de junho mostra que a área de tomate envarado aumentou em 3,9%, passando de 7,6 mil ha para 7,9 mil ha, e para a produção a estimativa é de 457,3 mil toneladas contra 420,3 mil toneladas, com 8,8% de crescimento, em comparação com o levantamento 2003/04. O efeito das altas temperaturas registradas foi amenizado pelo uso de irrigação.
            Para o tomate rasteiro, a área plantada passou de 4,2 mil ha em 2003/04 para 4,6 mil ha, aumento de 8,7%, e a estimativa da produção é de crescimento em 14,6% chegando a 323,7 mil toneladas.
Em relação à safra passada, a área plantada de mandioca para indústria no Estado de São Paulo aumentou 13,8%, sendo que a área nova foi reduzida em cerca de 21% e a área em produção teve acréscimo de 41,3%. Assim calcula-se para a produção elevação de 30,3% por conta da diminuição de 7,8% na produtividade da terra. Quanto à mandioca para mesa estima-se retração na área total plantada (12,0%) e estabilidade na produtividade, na área já em produção.
            A previsão de safra de cana-de-açúcar apresentou valores estáveis em relação ao levantamento anterior, entretanto, observa-se avanço da área nova (6,2%), provavelmente em substituição a outras culturas, principalmente, no EDR de Limeira, incorporando áreas citrícolas.
            São aguardadas diminuições na área ocupada com banana (4,8%) e na produção esperada (2,1%), mas aumento de 4,3% na produtividade da terra, pois os produtores estão conseguindo controlar o mal da “Sigatoka-negra”, doença que tem afetado os bananais paulistas de maneira mais suave que em outros estados brasileiros.
            O quarto levantamento da safra de café indica resultados muito semelhantes aos do levantamento anterior, com área de plantio em produção praticamente mantida em 222,9 mil hectares (+0,01%) e produção de 3,3 milhões sacas de 60kg (-0,5%), com pequena queda na produtividade. Quando comparada à safra 2003/04 a produtividade promete ser cerca de 19,2% inferior, devido à bianualidade da cafeicultura.
            Na citricultura, a quarta previsão para a safra agrícola 2004/05 aponta para estabilidade na área total plantada com laranja (-0,1%) e decréscimo de 1,2% na produtividade agrícola, em função das condições climáticas inadequadas à época da florada e ao desenvolvimento dos frutos, podendo atingir 348,2 milhões de caixas, cerca de 3,5% a menos que as produzidas na safra passada. Ao se considerarem os 17 EDRs, cujas produções estão acima de 5 milhões de caixas de 40,8kg, a produção é de 322,9 milhões de caixas, numa área produtiva de aproximadamente 536 mil ha.
            O próximo levantamento, a ser efetuado em setembro de 2005, trará as primeiras informações de intenção de plantio das culturas da safra de verão para 2005/06 e os resultados finais de 2004/05 dos produtos agrícolas de inverno, banana, café e laranja.

Denise Viani Caser
Ana Maria Montragio Pires de Camargo
Carlos Nabil Ghobril
Felipe Pires de Camargo
José Alberto Ângelo
Juliana Di Giorgio Giannotti
Mario Pires de Almeida Olivetti
Vera Lúcia Ferraz dos Santos Francisco

Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, Ano Agrícola 2004/05, 5º Levantamento, Junho de 2005
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